terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

GREVE DA PM NO OITAVO DIA.

Mediante insensibilidades do governo nas negociações, a população continua em pânico. Boatos de arrastão e possíveis saques não param!
Foi nesse clima que as associações dos policiais grevistas e representantes do governo se reuniram até o final da tarde de hoje. Ao final permaneceu o impasse.
O encontro foi na Residência Episcopal do arcebispo e primaz do Brasil Dom Murilo Krieger que chegou a servir de mediador do conflito e conseqüentemente evitou com sua intervenção que um possível confronto com final trágico fosse o desfecho final.
Mesmo mantendo o impasse, as parte chegaram a alguns acordos que assim tende a aliviar as tensões.
O acordado foi:
  • Os grevistas com prisão decretada não serão levados para presídios de segurança máxima, fora do estado, conforme pretendia o governo do estado;
  • Somente os PMs envolvidos em atos de vandalismo e violência iram responder a processos administrativos e criminais.
·        No entanto não houve acordo com relação às gratificações. O governo quer pagar a partir de novembro e os policiais querem já.
O governador alega que isso pesará na folha já que tem a lei de responsabilidade fiscal que limita o gasto com pessoal. Jaques Wagner ressalta que ao longo de quatro anos de governo já foi dado aumento de 32%.
Na assembléia legislativa estiveram representantes classistas das policias do Rio de Janeiro e Maranhão dentre outros estados que está acompanhado o fato aqui na Bahia.
Para o consultor de segurança e ex-membro do BOPE, em entrevista hoje pela manhã no bom dia Brasil, Rodrigo Pimentel, a greve dos policiais deve ser regulamentada, tornando legal a sindicalização e a greve. Pimentel também observa que essa greve na Bahia terá como conseqüência a federalização dos policiais militares de todos os estados da federação em busca da PEC 300. Ou seja, um sindicato nacional. E completa: “ isso é o que menos a Presidente quer.”


















Um comentário:

  1. A discussão avança de uma busca pelo aumento de salários para a categoria para um movimento nacional para regulamentação da PROFISSÃO DO POLICIAL MILITAR. Um dos grandes problemas que o movimento enfrentará e que terá que ser sensível é quanto ao caráter do militarismo, isso porque casos de trangressões e desobediências ao comando maior das forças armadas implicará em tipificação de crimes que deverão ir pra corte marcial. Por outro, enfraquece a idéia de unir as policias CIVIL e MILITAR.
    O preço a ser pago por essas mudanças e ajustes, infelizmente esta recaindo sobre a população que teme e desconfia das policias, e que nesses dias de greve estampam claramente aquilo que tanto temiamos que é a nossa vulnerabilidade com uma policia despreparada e desqualificada para atender uma população em sua grande maioria pobre, discriminada e marginalizada.

    RICARDO VIEIRA

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